História da The Blade

The Blade é uma das mais novas pranchas da Rusty e vem chamando a atenção de profissionais e surfistas normais também por sua versatilidade, performance e diversão que proporciona. Ela é descendente da famosa “1984” que funcionou tão bem nos pés de Occy naquela época. Rusty Preisendorfer dá uma aula sobre as pranchas dos anos 80 e explica como um dos modelos mais adorados da atualidade foi criado.

“Eu sempre tive uma longa história de fazer pranchas com o deck (parte de cima da prancha) semi flat (pouco caimento de borda), desde meus primeiros anos, 1969 para frente. Com o advento das triquilhas em 1980 todos os meus atletas começaram a querer pranchas cada vez mais finas. Enquanto que o resto do mundo do Surf começou a desenvolver pranchas com mais caimento de borda, eu fui por uma outra linha e desenvolvi decks flats e bordas quadradas nos últimos 35 a 40 cm da rabeta”.

No verão de 1983 o campeonato Hang Ten tinha uma série de 6 campeonatos qualificatórios em diversos lugares da costa da Califórnia. Um deles era em Ocean Beach e eu já tinha sido um juiz profissional por 4 anos e estava por lá para isso. Muitos “prós” entraram nesse campeonato porque era meio que ‘no caminho’ pra Jbay. Foi meu primeiro contato com o jovem Occy com 16 anos na época. Ele já era bom mas eu achei que ele estava penando um pouco com sua prancha.

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Então, eu construí uma prancha para ele enquanto ele estava na África do Sul, e na sequência foi para Huntington Beach. Ele adorou a prancha mas não a usou até chegar em sua casa. Ele ganhou o Pro Junior nessa prancha e ficou em terceiro no campeonato seguinte no Japão, mas quebrou o bico dela na semifinal. Recebi uma ligação de Bob Hurley no dia seguinte perguntando se eu poderia fazer algumas pranchas a mais para Occy. O resto é história! Muitos outros prós começaram a pegar pranchas comigo nos anos seguintes.

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O deck mais flat permite uma prancha mais fina no meio, cerca de 1/8 a 3/16 de polegadas mais fina. Isso cria mais flexibilidade e também uma maior estabilidade. Quanto mais fina a prancha é mais a linha do deck segue o fundo. Isso faz com que a prancha flua mais naturalmente e crie um arco mais definido nas manobras.

As bordas são angulares, não completamente cheias mas com um pouco menos de volume entre o ápice e onde o topo da borda encontra com o deck. Indo mais para perto da rabeta eu fiz o Edge do bottom mais acentuado, acabando com uma sessão bem flat na rabeta. Basicamente o oposto do que a maioria dos shapers estavam fazendo. Esse design reinou sólido por anos até Kelly Slater vir com suas pranchas fininhas e mudou tudo por praticamente uma década.

Alguns anos atrás eu me encontrei com Occy e fizemos uma série de 100 pranchas da sua famosa “84”. Muitas delas foram usadas. Então fiz mais algumas para os meu atletas e eles adoraram! Ano passado começaram e me pedir para inclinar um pouco o bico e tirar a pontinha. Além disso eu modernizei um pouco o fundo dela. Os surfistas que experimentaram ela, ficaram chocados com o resultado!!

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Desde então, eu tenho feito elas com 4 canais profundos. Eu também decidi fazer um fundo bem moderno com um concave simples bem profundo, virando um concave duplo. O resultado foi que todos que testaram essa prancha com diferentes fundos, adoraram e gostaram desse modelo um pouco maior também.

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The Blade funciona em diversas condições de ondas. Eu agora tenho sido procurado para fazer muitos dos nossos modelos com o deck flat. Por ora, estamos oferecendo The Blade com os seguintes bottons: com 4 canais, ou concave simples que vira duplo e com um moderno concave simples profundo. Você pode escolher!