Como havia escrito no último email sobre a leva de Rusty Torsion Spring que chegou por aqui no comSurf, uma delas era uma encomenda para mim. Desde então usei a prancha 4 vezes, sendo em 2 mares de meio metro, 1 mar quase flat e um mar com 1 metrão forte na última queda que eu fiz. O modelo Rusty Mi Amigo é performance, então é de se esperar um desempenho melhor em ondas acima de meio metro, mas mesmo nos mares pequenos já havia percebido algo de diferente nela.
Eu surfo na maioria das vezes com pranchas feitas com blocos PU e quando está merreca eu tenho uma prancha EPS+Epoxi com longarina, um pouco mais larguinha que flutua super bem e anda muito nas merrecas. Mas, como estava dizendo, percebi algo diferente com a tecnologia Torsion Spring. Ela não flutua mais como ocorre com os blocos tradicionais de EPS, tem uma flutuação mais parecida com PU, entretanto, a resposta dela é diferente de uma prancha de PU tradicional.
O que eu senti nitidamente, desde a primeira queda, foi que a prancha é bem viva nos pés. Quando se aplica uma pressão nela, parece que ela devolve com mais força. Em um primeiro momento estranhei um pouco porque é necessário mudar o mindset do que estamos acostumados como resposta de uma prancha de PU, mas mesmo nas primeiras quedas nas merrecas já percebi o potencial da tecnologia e da pranchinha recém adquirida.
Na última queda, em um mar com mais força, que privilegia o shape da Rusty Mi Amigo e já com um pouco da “manha” de como lidar com a Torsion Spring, eu tive a dimensão de como essa tecnologia funciona de verdade. O mar estava fechando um pouco e muitas ondas eram bem rápidas com sessões mais flats no meio da parede. Sem a longarina dividindo a prancha ao meio, parecia que a pressão que eu aplicava voltava em dobro e isso gerava um boost ou uma aceleração rápida nessas sessões mortas fazendo com que eu já chegasse com velocidade e pronto para a manobra na sessão boa da onda.
Saí da queda bem empolgado e feliz com a pranchinha nova porque ficou claro como esse boost pode beneficiar na velocidade do meu Surf e mesmo na resposta de algumas manobras porque gera uma velocidade extra na saída das manobras também.
Confesso que uma ou outra manobra não saiu do jeito que queria por conta da diferença de resposta, entretanto, fiquei com a nítida impressão de que estou no começo da curva de aprendizado até chegar ao potencial máximo dessa tecnologia, e isso me deixou com uma ótima perspectiva e louco para surfar mais vezes e aproveitar tudo que essa tecnologia pode fazer pelo meu Surf!
Espero que tenha ficado claro o meu relato e caso tenha quaisquer dúvidas ou queira trocar mais ideias sobre a Torsion ou outras tecnologias, estou à disposição. Gostaria muito também de ouvir o relato de outras pessoas que tem ou já usaram a Torsion Spring para saber se sentiram a resposta da mesma forma e se concordam ou não comigo.
Valeu. Um abraço! Caio Tu Amigo Siqueira
