Fizemos uma ampla pesquisa para saber quais serão as pranchas usadas pelos 5 melhores surfistas masculino e feminino do WCT durante as finais em Trestles que provavelmente começa no começo da semana que vem quando um bom Swell chega ao sul da Califórnia e deve proporcionar ótimas ondas de 4 a 6 pés. Sem me alongar mais, abaixo o que cada um deve usar:
#1: Gabriel Medina –
O número 1 do ranking mundial já assegurou a vaga na grande final que será melhor de 3. Medina tem usado pranchas do mesmo shaper (Johnny Cabianca) há muitos anos, e o modelo que ele mais usa é a DFK 2.0 que é uma pranchinha para altíssima performance que ele usa em praticamente todas as etapas que tenham mais de 1 metro de onda. Esse modelo acompanha o Medina há muitos anos e tem sofrido pequenos ajustes ao longo desses anos, mas sem perder sua essência: ela tem um pouco mais de área de bico e rabeta e um pouco menos de rocker que a maioria das pranchas usadas pelos outros atletas no WCT. O Medina usa muito a DFK com as medidas: 5´11 x 19 x 2 7/16 – 28,6l.
A DFK seria a escolha mais óbvia para as ondas em Trestles que devem ficar entre 4 e 6 pés porque a WSL deve escolher o melhor dia da janela para colocar a competição que será toda feita em um dia. Esse tamanho de onda é o ideal para Trestles e para a DFK. Um outro modelo que Medina usa quando o mar está menor é a The Medina (5´10 x 19 3/8 x 2 3/8 – 29l), então caso o mar não fique muito bom, pode ser uma escolha.
Além dessas pranchas consagradas, ainda existe uma terceira alternativa que vem ganhando força. Johnny Cabianca tem desenvolvido com Medina um novo modelo específico para Trestles e os primeiros feedbacks tem sido muito positivos. É uma pranchinha que fica entre a DFK (altíssima performance em ondas boas) e a The Medina que anda bem em ondas um pouco mais fracas. Como as ondas em Trestles são perfeitas mas não muito cavadas, essa opção tem se encaixado muito bem nas ondas de lá. O nome desse novo modelo é The Game, e Medina poderá usar essa prancha com as Medidas: 5´11 x 19 x 2 7/16- 28,6l . A rabeta utilizada para essa prancha será a swallow. Para saber detalhes das pranchas do Medina, entre aqui.
#1 Carissa Moore –
Numero 1 no ranking, medalhista de ouro nas olimpíadas, Carissa usa pranchas Lost. Ela usará as mesmas pranchas que tem usado até aqui. Na última semana, Carissa Moore tem usado para ondas pequenas pranchas em Epoxi (tecnologia LightSpeed) 5´8 x 19 com 27l. Mas considerando que o evento provavelmente va rolar em boas ondas, o mais provável é que Carissa Moore use pranchas 5´9 ou 5´10.
A 5´9 seria uma Sabotaj baseada na prancha que ela e Colapinto usaram em Margaret River. Esse modelo tem o bico mais arredondado, mais rocker na saída e pouca área na rabeta. As medidas usadas seriam: 5´9 18.63 x 2.38 -26.5l.
Já a 5´10 seria uma Driver 2.0, como a prancha que ela ganhou o campeonato de Newcastle e a sua medalha de ouro: 5´10 x 18,56 x 2,38 – 26,75l . Para conhecer um pouco mais desse modelo, entre aqui.
#2: Italo Ferreira –
Para defender o título do CT ele conta com as pranchas de Timmy Paterson há muitos anos. Para a final em Trestles, Timmy produziu todas as pranchas pessoalmente do começo ao fim (desde o shape, instalação dos copinhos, laminação, hot coating, etc) para assegurar o mais alto nível de performance possível. As pranchas são as seguintes:
2 Synthetic 84 (EPS + Epoxi): 5´6 x 18,77 x 2,24 – 26,09l
2 IF15 (Gold) (EPS +Epoxi): 5´8 x 18,75 x 2,29 – 26,33l
1 IF15 (Gold) (EPS +Epoxi): 5´8 x 18,75 x 2,29 – 26,23l
O que mais chama a atenção é o fato de Italo Ferreira preferir por EPS + Epoxi para todas essas pranchas. A estratégia do medalhista de ouro nas olimpíadas é testar o maior número de pranchas possível para encontrar as pranchas mágicas. Isso é essencial a Italo Ferreira, devido a energia que ele põe em seu surf e ao número de pranchas quebradas recentemente. Como o campeonato deve rolar em boas ondas (de 4 a 6 pés), a expectativa é que Italo Ferreira use uma das IF 15 (Gold).
#2 Tatiana Weston-Web –
A tati deve surfar com sua Sharpeye Oaky model caso as ondas estejam muito boas porque essa prancha tem bastante rocker de entrada e saída, um concave simples profundo, o que gera bastante velocidade e controle em qualquer tipo de mar, mas funciona especialmente em ondas boas. Uma outra opção para Trestles pode ser a HT2 model que como já falamos para o Filipe, é uma prancha com menos curvatura e um outline mais cheio para performar bem em ondas do dia a dia.
#3: Filipe Toledo-
As 3 pranchas que Filipe tem usado nos últimos anos são: #77, HT2 e HT2.5. A #77 é uma prancha mais performance com mais rocker de entrada e saída e uma linha de Edge mais acentuada, ou seja, ela vai bem em ondas rápidas e cavadas, com JBay, então caso Trestles esteja épico ela pode ser a escolha de Filipe. A HT2 por outro lado já é uma pranchinha mais para o dia-a-dia, com menos rocker, bordas mais cheias e rabeta mais larga, pode ser a escolha caso o mar em Trestles não esteja dos melhores. Finalmente a HT2.5 é uma prancha derivada da HT2 mas que por ter um canal na rabeta, gera mais velocidade e drive, pode ser a escolha certa para Trestles.
#3 Sally Fitzgibbons –
Outra integrante do time Sharpeye, Sally tem usado o modelo Disco Inferno e Inferno 72. A Disco Inferno é uma pranchinha para o dia-a-dia e é uma das preferidas do time Sharpeye para as ondas ruins e médias do WQS. A Inferno 72 é a versão da Disco com mais rocker de entrada e saída o que da mais rocker e segura melhor nas manobras que a Disco, o que pode ser a escolha de Sally para um Trestles com boas ondas. Outra prancha que Sally usa com frequência é a HT2.
#4: Conner Coffin –
Recentemente mudou do time da Al Merrick para o time da JS surfboards. Ele vai usar algumas variações do modelo Monsta Box, entre elas algumas com ajustes feitos para as condições das ondas de Trestles. Esses ajustes seriam para que a prancha seja ainda mais rápida nas partes fracas da onda, sem comprometer a performance na parte crítica.
#4 Stephany Gilmore –
Provavelmente usará sua prancha mágica, com a qual já ganhou 4 eventos, o ultimo deles no Mexico na ultima parada da WSL. Ela questiona se está na hora de aposentar a prancha, mas por mais que Darren (DHD) esteja tentando duplicar essa prancha, ainda não conseguiu exatamente a mesma prancha que se encaixou muito ao surf de Steph. Darren explica: embora as pranchas são shapeadas na máquina e as medidas e modelo são as mesmas, há algumas coisas que podem variar, como por exemplo a densidade dos blocos de PU, que são feitos em lotes.
São pequenos detalhes que podem fazer a diferença. Assim como em carros de F1, o mesmo motor pode entregar um pouco mais de torque e velocidade.
DHD - DNA - 5’10 x 18 5/16 x 2 3/16 – 24,5l. Saiba mais sobre essa prancha aqui.
#5: Morgan Cibilic –
Foi visto nos últimos dias treinando em Trestles com sua Sharpeye #77 com 26l. Achamos que essa vai ser a escolha para as finais, mas ele também tem algumas HT2 em seu quiver.
#5 Johanne Defay –
Por muito tempo foi atleta da Al merrick mas ano passado passou a ser mais uma integrante do time Sharpeye. Por ser nova no time, Jahanne tem testado muitos modelos de prancha, e obteve ótimos resultados na perna australiana com a Okay em ondas boas. Assim como Sally, Johanne surfa bastante com a Disco e Inferno 72 em condições de ondas médias.
