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Sabe aquela sensação de impacto a uma novidade ou de ver algo novo pela primeira vez e ficar impressionado com aquilo? O lançamento de carros novos com design inovadores causam muitas vezes essa sensação. Uma mulher bonita e charmosa também pode despertar uma paixão ardente quando passa por nós pela primeira vez. Que o diga Tom Jobim: “olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)”

Para nós surfistas, algumas pranchas também causam esse “efeito uau”. Eu que estou acostumado a conhecer muitas novas pranchas, receber e analisar aqui no comSurf essas pranchas, dificilmente me surpreendo com algo que realmente me cause essa sensação de quase espanto. Pois então, a Chew Toy veio para quebrar essa escrita e desde a primeira vez que bati o olho nela, nos headquartes da Rusty, antes do lançamento, eu fiquei em choque.

Difícil explicar o que me causou essa sensação. Se analisarmos friamente a prancha, que por sinal é muito harmônica e balanceada, não parece ter nada de revolucionário. O outline é mais largo com bastante área de bico, com muitas “merrequeiras” o tem.  A rabeta ,um “swallow” mais estreito que a maioria das “merrequeiras” para segurar a bronca em ondas um pouco melhores, também não chega a ser uma novidade.

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As canaletas do deck próximas as bordas, permitem uma flutuação importante até quase a borda, onde sofre uma depressão, deixando as bordas não muito cheias para que ela fique mais sensível. Podemos observar isso em outros modelos da própria Rusty, como a T-Dwart.  A construção da prancha, com bloco de EPS, resina de Epoxi, ausência de longarina e reforço de carbono em áreas cruciais, não é a mais habitual, mas não chega a ser algo revolucionário. Inclusive a Rusty tem empregado essa construção em outros modelos, esporadicamente, é verdade.

Então, o que a torna tão especial? Difícil dizer, mas desconfio que seja o conjunto da obra. A mim me parece que tudo na prancha foi minuciosamente pensado e tudo está no seu lugar e tem um propósito específico. Engraçado que mesmo essa conclusão que acabo de descrever acima, depois de analisar e usar a prancha, parecia que já estava pronta na minha cabeça no momento que bati os olhos na Chew Toy.

Pode ser que como qualquer amor à primeira vista, eu esteja cego por aquele impacto inicial. Mas o fervor não passou e continuo apaixonado pela “chewzinha” linda. Acho que dessa vez, ela é realmente a pranchinha da minha vida!

Aloha, Caio Toy Siqueira