Uma análise das pranchas usadas pelos finalistas da etapa Corona Open J-Bay!

Campeão Masculino: Filipe Toledo – prancha de surf usada: Sharpeye #77

Filipinho usou durante toda a competição o modelo de pranchas da Sharpeye chamado #77. Esse modelo é escolhido por Filipinho em ondas boas, perfeitas e com power como Jeffreys Bay. É o modelo que usou para ganhar em Jbay em 2021 e também em 2017 quando ele “chocou” o mundo do Surf com aqueles 2 aereos na mesma onda.

Filipinho com sua prancha de surf - Sharpeye - #77 em Jbay - 2023

Na final ele estava usando uma prancha de surf - Sharpeye #77 tamanho 5´10 com 25,7l.

Campeã Feminino: Lakey Peterson – prancha de surf usada: Al Merrick Rookie 15

Lakey Peterson voltou a ganhar uma etapa no WCT após muitos anos brigando por resultados. O Surf dela se encaixa muito bem com Jbay e ela adora surfar la. A prancha escolhida por Lakey é um modelo relativamente “antigo”, a Rookie 15 que poucos surfistas usam na atualidade, mas tem uma história incrível.

 Mineirinho usou essa prancha para competir na maioria das etapas de 2015, ano no qual, foi campeão mundial. Kelly Slater usou muito esse modelo nessa época, assim como Lakey Peterson, que desde então escolhe esse modelo para alguma etapas do WCT.

Vice- Campeão Masculino: Ethan Ewing – prancha usada: DHD- DNA

Ethan Ewing tem uma das linhas mais refinadas e bonitas entre todos os atletas do WCT e usa a borda de suas pranchas como ninguém. Crescer na Gold Coast com Snapper Rocks no quintal de casa e ídolos como Mick Fanning e Joel Parkinson com certeza o ajudou a chegar nesse nível absurdo de Surf de borda. Uma parte importante disso tudo é a escolha pela fábrica de pranchas da região, DHD surfboards.

Ethan Ewing com sua prancha inseparável: DHD DNA

A DHD – DNA é a pranchinha de performance mais usada pelos atletas da DHD em ondas alinhadas e boas como Snapper Rocks e Jbay. Ela foi desenvolvida para Mick Fanning quando ele ainda competia no WCT, mas tem sido a escolha certa para boas ondas entre quase todos os atletas da DHD. Ethan Ewing, por exemplo, é um surfista que usa a prancha de surf DHD- DNA na grande maioria das etapas do WCT.

 Vice- Campeã Feminina: Molly Picklum – prancha usada: DHD- DNA

Com apenas 20 anos, Molly Picklum é uma grande promessa da Austrália para títulos mundiais daqui para frente. Assim como Ethan Ewing, a prancha DHD DNA é o modelo de pranchas favorito de Molly, que escolhe essa prancha para  quase todas as etapas  do WCT, como: Sunset, Bells Beach, rancho do Slater,  El Salvador, Brasil, e também J-bay.

Molly Picklum se preparando para entrar em Jbay com sua DHD - DNA

3º Lugar masculino: Medina – prancha usada: Cabianca – DFK e Kanoa Igarashi – prancha usada: Sharpeye - #77

Gabriel Medina é um dos atletas mais fiéis a um único modelo de prancha na atualidade. Ele usa a prancha de surf Cabianca DFK desde o começo da sua carreira, em praticamente todas as etapas do tour, com exceção de quando o mar está enorme, que ele acaba usando pranchas Tokoro e, excepcionalmente quando o mar está com ondas muito fracas, ele pode optar por usar a Cabianca – The Medina.  Em Jbay, novamente ele optou por usar uma Cabianca DFK para as longas e perfeitas paredes.

A maior diferença do Medina em relação ao seu equipamento na atualidade é que ele tem usado com mais frequência pranchas um pouco maiores, como: 6´0 e 6´1, e com bordas ligeiramente mais finas para conseguir cravar mais as bordas nas manobras, uma vez que esse tipo de manobra parece estar sendo mais valorizadas pelos juízes. Entretanto, mesmo com esses pequenos ajustes, o shape utilizado é o mesmo, a Cabianca – DFK.

Medina com sua prancha de surf Cabianca - DFK em jbay - 2023

Kanoa Igarashi, por outro lado, tem usado o mesmo modelo de prancha que seu adversário nas semi-final, Filipe Toledo. Sim, ambos estavam com a prancha de surf - Sharpeye - #77 disputando a mesma bateria, e felizmente para nós brasileiros, filipinho avançou para as finais. A Sharpeye #77 é um modelo para boas ondas, e Kanoa Igarashi usa essa prancha na maioria das etapas do WCT.

Kanoa Igarashi levantando muita água com estilo com sua Sharpeye #77

3º Lugar feminino: Tylor Wright – prancha usada: Pyzel - Highline e Carissa Moore – prancha usada: Lost – Driver 3.0

Tylor Wright gosta muito do modelo da Pyzel chamado highline que é um modelo para altíssima performance em ondas médias a boas. Ela tem bem menos rocker e é mais larga e grossa que o modelo mais famoso da Pyzel, a Ghost que é usada por Tylor (e John John) quando o mar está forte. Para Jbay nesse ano a escolha de Tylor Wright foi pela prancha de surf Pyzel - Highline.

Carissa Moore escolheu o modelo Lost - Driver 3.0 para surfar em Jbay. Esse é o modelo de prancha mais usado por Carissa Moore e também por Griffin Colapinto, Yago Dora e Caroline Marks nas etapas do WCT. A pranchas de surf Lost Driver 3.0 é a escolha de Carissa sempre que as ondas estão boas mas não super fortes. Quando o mar fica muito grande ou tem ondas potentes como Sunset, Havaí e Teahupoo, Carissa opta pelo modelo Step Driver também da Lost.

Carissa Moore no paredão de Jbay com sua Lost - Driver 3.0