Caio Ibelli - 2

Caio Ibelli recentemente voltou para sua casa no Brasil depois de passar uma temporada no NorthShore havaiano, onde competiu e se saiu muito bem nos dois primeiros eventos do ano da WSL, entrando como wildcard em ambos os eventos. A primeira parada desse ano foi em Pipeline e Caio era considerado um azarão por muitos, entretanto, ele conseguiu chegar na semifinal e acabou com uma incrível terceira colocação. Esse desempenho deu a Caio a chance de competir em Sunset também, onde ele repetiu o grande desempenho e ficou em terceiro novamente.

 

Abaixo uma conversa que Caio teve com a equipe da Rusty sobre as experiências no Havaí e pranchas utilizadas por lá

Rusty: O que você fez para se preparar para Pipe e Sunset?

Caio: Eu não estava esperando ir para o Pipe Master e recebi a ligação que estaria no campeonato há apenas 3 dias antes de começar o evento. Antes disso eu estava curtindo o verão em casa no Brasil surfando basicamente com a Rusty - Twin fin.

Assim que recebi a notícia, eu empacotei todas as pranchas e foi para o Havaí. Chegando lá eu estava um pouco assustado porque nos últimos 2 meses eu estava surfando apenas com a Twin Fin em ondas de meio metro, então, aparecer de repente entre os melhores do mundo e surfar ondas de 6 a 8 pés todos os dias em Pipe era meio assustador.

Mas mentalmente eu estava muito pronto para uma oportunidade como essa, porque era tudo o que eu queria: uma chance para performar e mostrar o meu melhor. Pipeline estava muito divertido, e eu tive a oportunidade de competir no melhor Pipeline que eu já tinha surfado, com apenas um outro cara na água. Foi incrível! Tudo o que eu tinha era apenas uma chance, mas eu sabia que se eu me saísse bem eu teria outras oportunidades.

Estava focado em me divertir, surfar bem, pegar tubos e fazer bateria a bateria porque eu sabia que pelo fato de eu ser um wildcard seria ainda mais difícil avançar bastante na competição, e eu acabei me divertindo muito e pegando ótimas ondas.

Em Sunset eu consegui saber um pouco antes que eu tinha uma vaga no evento. Alguns dias antes de começar, eu usei uma 6´8 em Sunset em um dia menor, e pensei assim: “Woww, essa prancha é mágica”. Então, eu estava bem entusiasmado  porque estava funcionando bem e um swell grande estava a caminho. Isso me deu muita confiança em usar essa prancha maior e ter um poder de remada melhor e mais volume embaixo de meus pés.

Rusty: Que pranchas você estava usando no Havaí?

Caio: Todas as pranchas que eu usei no Havaí eram Rusty New Travelers. Eu tenho trabalhado muito de perto com Pedro (shaper da Rusty no Brasil) aqui no Brasil e consegui algumas pranchinhas mágicas feitas aqui, inclusive a melhor prancha que eu já usei em Pipe. Essa foi uma New Traveler 6´6 x 18,28 x 2,38 – com 29 litros. Foi a prancha que eu consegui fazer o melhor drop da minha vida embaixo do tubo e foi a melhor onda da vida! Infelizmente, eu tentei pegar uma onda depois que a bateria das quartas acabou e acabei quebrando essa prancha.

Em Sunset eu usei uma 6´8 New Traveler em todas as baterias até as quartas de final. O mar baixou um pouco, então nas quartas e semi-final eu acabei usando uma 6´4 que performou muito bem também.

Rusty: E como foi o Havaí fora das competições?

Caio: Essa vez no Havaí foi realmente bem intenso. Os campeonatos foram realmente muito próximos e quase não teve dias Flat que desse a chance de ir fazer alguma outra coisa. Quando o campeonato estava Off, eu simplesmente descansava e deixava minhas coisas prontas. Foi muito bom, o Havaí é um lugar incrível. Eu amo o Havaí. É como minha segunda casa. Foi ótimo estar la, ver meus amigos e surfar ótimas ondas novamente.
Para alegria de todos os surfista brasileiros, Caio Ibelli conseguiu mais um WildCard, dessa vez para a etapa em Supertubos, em Portugal. Alguém duvida que ele vai ser dar bem em um mar forte e tubular?