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Recentemente, comprei uma pranchinha de EPS-Epoxi prancha para ser a minha merrequeira, ou seja, aquela prancha que vou usar sempre que o mar estiver menor que 1 metro.

Antes de falar da minha experiência, vou rapidamente fazer uma introdução sobre o material EPS-Epoxi vs. a pranchinha tradicional de PU. Na verdade, Epoxi é somente a resina utilizada em blocos de EPS que é um tipo de isopor até 3 vezes mais leve que o isopor utilizado nas pranchas comum que usa o bloco de poliuretano (PU.) As pranchas de PU são laminadas com resina de poliéster ao invés do Epoxi das pranchas de EPS.

Deixando a parte mais técnica de lado, a discussão é sempre em cima da performance das pranchas de EPS-Epoxi versus as tradicionais.  Muitos defendem a nova tecnologia, enquanto outros preferem as tradicionais. Entre os profissionais o número de surfistas que usam a tecnologia tradicional ainda é muito mais alto do que o número de surfistas que migraram para o EPS-Epoxi.

Então, está provado que a tradicional é melhor que as pranchinhas de EPS-Epoxi?

Não, muito pelo contrário. A medida que as pranchinhas de EPS tem se popularizado, os seus pontos fortes e fracos ficam mais claros, e o surfista normal, como eu e você, pode decidir mais facilmente que tecnologia utilizar para a compra da próxima prancha. Enfim, chega de blá,blá,blá, e vamos ao que interessa.

No caso da minha prancha de EPS-Epoxi,  eu reduzi um pouco o tamanho da prancha, aumentei a largura, mas mantive o volume que costumo utilizar. Escolhi um modelo com essas características e que estivesse dentro do volume adequado. Para quem tiver curiosidade, o modelo escolhido foi uma Rusty Neil Diamond.

A 1ª queda a gente estranha um pouco. A prancha flutua mais, na hora do joelhinho estranha-se a volta à superfície com mais força. A remada é muito boa, um pouco mais “em cima” da água do que de costume. Percebe-se que a prancha é realmente diferente, mas, pelo menos para mim, de cara já vi que poderia me beneficiar da novidade.

A primeira onda veio, e entrei com muita facilidade. Ela emparedou, eu acelerei e dei uma batida aonde ela fechou. Igualzinho eu faria com minha outra prancha, mas deu para sentir a velocidade e projeção extra da prancha, deixando tudo muito mais rápido e fácil.

Claro que em outras ondas, nas primeiras quedas com a nova prancha, cometi erros bobos, algumas vezes não “domei” adequadamente o excesso de velocidade e me atrapalhei. Em outras ondas, me confundi um pouco na hora de cravar a borda na rasgada porque o excesso de flutuação exige que você use a borda de maneira um pouco diferente.

Conforme fui entendo a dinâmica do material (e também do modelo da prancha) fui percebendo como tirar vantagem dele. Mas o que posso dizer, objetivamente, é que fui seduzido pela leveza e flutuação do EPS-Epoxi. A remada é sensacional e a velocidade também. Com ela passo facilmente por várias seções fracas das ondas. Parece que surfo com mais facilidade e senti que a linha do meu Surf ficou mais fluída.

Enfim, virei fã e recomendo. Pelo menos, para esse uso, de ondas até 1 metro, eu acho que tenho surfado melhor. Agora para ondas maiores, mais perfeitas e mais fortes, não sei como o EPS-Epoxi se comporta, sei que vai gerar mais velocidade, mas não sei se nesse caso, isso vai ser bom ou ruim. Talvez seja uma questão de adaptação, não tenho certeza.

Tive uma idéia: vou propor para meu chefe uma Surf-trip para um pico de altas ondas, paga pela empresa, com uma pranchinha performance feita em Epoxi para poder fazer o teste drive e dar o meu relato para vocês. Que tal? Rsrs.

Abraço e Aloha,

Caio Epoxi Siqueira