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Será que as pranchas mais vendidas do mundo são as melhores? Cada um pode tirar suas próprias conclusões, mas normalmente boas pranchas de Surf são muito elogiadas por atletas e surfistas comuns, e o boca-a-boca acaba por fazer a fama de cada modelo.

Uma tendência dos últimos anos são modelos de performance mais “domesticados” e também aqueles modelos com “mais volume na prancha toda”. Esses modelos mais “domesticados” são pranchas para alta performance mas com alguns ajustes para proporcionar maior poder de remada, velocidade e performance para surfistas comuns, como eu e você. Já os modelos com “mais volume na prancha toda” são pranchas híbridas que proporcionam muito conforto para maximizar o número de ondas pegadas e super divertidas para ondas pequenas.

Outra tendência que se acentua cada vez mais, são as novas tecnologias em EPS/Epoxi que cada marca tem desenvolvido e aperfeiçoado ao longo dos últimos anos. Essas pranchas também remam melhor, geralmente são mais rápidas e duram mais que as pranchas feitas em PU.

Enfim, a tecnologia tem auxiliado muito na construção e desenvolvimento de pranchas cada dia melhores e mais adequadas para todos os tipos de surfistas. Cada marca lança dezenas de modelos todos os anos com características que agradam a todos os tipos de surfistas. Abaixo a lista das pranchas mais vendidas no mundo, feita pela revista Stab:

1ª posição: Lost: Rad Ripper

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A Lost há anos vem vendendo muito bem modelos derivados da Drivers, Rockets e Fishs, então, um modelo para desbancar todos esses “best sellers” tem que ter algo de muito especial! E a Rad Ripper tem o que todas as pranchas deveriam entregar acima de tudo: muita diversão!

A Rad Ripper é rápida, solta e com aquela mistura de shape retro com toques modernos que Matt Biolos domina como ninguém! Podemos destacar: rocker de saída mais acentuado para maior controle no pé de trás e um concave duplo em forma de barril.

“Como uma criança surfista dos anos 80, eu sempre gostei muito da facilidade de uso que as pranchas de performance daquela época tinham. Então, eu diminuí o rocker de entrada um pouco, para melhorar a remada, facilitar o drop, ajudar a deslizar melhor e gerar aquela velocidade extra na parede da onda. Substituí a rabeta round que controla a velocidade por uma rabeta squash, plana e larga.” – Matt Biollos.

Nate Yeomans, que além de representante da Lost, quebra em qualquer tipo de onda (já foi atleta do WCT em 2003), afirmou que essa foi a prancha mais procurada no ano inteiro. “É uma prancha incrível.” Disse Yeomans, e completa: “Existem muitos modelos que introduzimos ao longo do ano que foram muito bem, mas definitivamente a Rad Ripper foi a grande campeã! Não sei como Matt Biolos faz tudo isso. É incrível!”.

A Rad Ripper não é a pranchinha que você vai usar em Desert Point quando estiver bombando. Mas, com que frequência você pega ondas desse tipo? Em resumo, a Rad Ripper é uma pranchinha ideal para a sessão do dia-a-dia quando você vai precisar de uma inspiração extra para entrar no mar!

Dream Again from Vacation Club on Vimeo.

Luke Davis mostrando que a Rad Ripper além de voar nas merrecas, segura muito bem em ondas de sonho e tubos da Indonésia!

2ª posição: Al Merrick Rocket Wide

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Novamente a Rocket Wide foi a prancha mais vendida da Al Merrick em 2019, seguindo a tendência por mais velocidade, mais ondas e mais diversão. Ela foi baseada na Rocket9 que os irmãos Gudauskas ajudaram a desenvolver junto com o Mike Andrews da Al Merrick, e como o nome sugere, a Rocket Wide é mais larga e tem um outline mais cheio como um todo.

Ela foi desenvolvida para ser usada menor que sua pranchinha comum, é um skatinho perfeito para aqueles dias pequenos que acabam sendo muito divertidos. Dane Gudauskas disse sobre ela: “Eu acabei descobrindo que é um modelo muito versátil. Eu posso me divertir muito com a Rocket Wide em “T street” com meio metrinho de onda, mas ela também vai muito bem em Trestles com 1 metro e meio.”

PROJECT WIDE: Mexico from Paradise Studios on Vimeo.

Dane Gudauskas, Tanner Gudauskas e Nathaniel Curran testando e aprovando a Rocket Wide no México.

3ª posição: Slater Designs: Gamma

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Essa prancha, diferentemente das 2 primeiras colocadas, não temos em nosso estoque e nem a possibilidade de encomenda no comSurf. E isso se deve meramente por uma questão do altíssimo custo que ela teria até chegar ao cliente final, uma vez que é produzida na Ásia.

Kelly Slater é o mestre dos mestres quando se fala em pranchas de surf, e com ajuda de amigos e designs criativos, ele tem criado pranchas incríveis e que somente ele poderia imaginar. A Gamma, sua prancha do dia-a-dia, é uma dessas criações mirabolantes. Enquanto ele usou biquilhas Aipa e Tokoros com rabetas pin durante o ano, ele sempre voltou a Gamma. “Ela foi definitivamente um esforço de grupo”, diz Slater.

O que a torna diferente das demais é a versatilidade. Foi desenvolvida tanto com dimensões “high performance” quanto “merrequeira”, ela é a única prancha nessa lista que pode ser escalonada para cima ou para baixo, dependendo das condições, permitindo mais consistência e performance tanto em D-Bah pequeno e mexido quanto em Jbay clássico. Ela tem um concave simples correndo nela inteira, acabando em forma de “V” atrás da quilhas, assim como um pequeno calombo acima das quilhas.

A Gamma é fabricada na tecnologia Helium da Firewire, que além de ser muito leve, possui as bordas comprimidas com madeira balsa e Paulownia misturadas para deixa-la com a flexibilidade ideal. Ela vem também com a tecnologia LFT também.

4ª posição: Pyzel Shadow

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A Pyzel Shadow é o modelo da família da Ghost mais amigável, fácil de usar e apropriada para todos os tipos de ondas. Esse design foi originalmente pensado para o Stab in the Dark do Mick Fanning.

“Então comecei a fazer algumas mudanças sutis nela, conforme eu ia shapeando a Shadow para a minha equipe. Essa é a prancha que John John está mais animado! Seu quiver esse ano foi basicamente de Shadows com a rabeta squash.

A Shadow tem um rocker similar a Ghost, entretanto, Pyzel mudou o outline dela e a deixou com o outline de uma pranchinha mais tradicional. Ela tem o ponto mais largo bem no meio da prancha, que é diferente da Ghost e tem mais volume embaixo do peito. Ela um calombo bem sutil para aumentar a sensibilidade e a sensação de prancha solta, e a rabeta squash é mais estreita para possibilitar arcos mais agudos e melhorar a capacidade de se fazer um surf mais vertical.

Tanto John John Florence como Jack Freestone obtiveram muito sucesso surfando com a Shadow esse ano, o que pode ajudar a explicar sua popularidade. Mas ela é também um tipo de prancha mais eclética e amigável para surfistas normais em diversos tipos de onda. “Nós queríamos que ela fosse mais versátil e que fosse uma pranchinha perfeita para o dia a dia” Pyzel destaca.

5ª posição: DHD DX1- Phase3

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A prancha que já foi a preferida de Mick Fanning, Matt Wilkinson e Stephanie Gilmore, voltou com tudo em 2019! A Dx1 Phase 3 é a nova prancha de altíssima performance da DHD.

Você provavelmente se lembra da DX1 original que levou o prêmio Stab in The Dark em 2015. Ela foi originalmente desenvolvida para Jack Freestone, que acabou indo para a Pyzel no ano passado, mas deixou o legado da DX1.

Em sintonia com as novas tendências, a DX1- Phase3, tem mais largura no bico e a rabeta, e tem também um pouco mais de volume embaixo do peito para a remada. O outline clean e reto, juntamente com um rocker um pouco menos acentuado, faz dessa prancha um foguete. Tem as bordas mais baixas perto da rabeta, deixando ela um pouco mais sensível.

DX1 PHASE 3 from DHD Surf on Vimeo.

6ª posição: JS Blak Box 3

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A Blak Box3 foi construída para performance em ondas do dia-a-dia, se destacando na geração de velocidade, manobras com força e fluidez. Ela é uma melhoria de um design consagrado, famoso e adorado que é a Blak Box que por anos foi sinônimo em performance em ondas médias a ruins. Agora ela tem ainda mais velocidade e fluidez.

“Apenas trocar um modelo mais antigo por um mais novo não é como nós fazemos as coisas. Ele tem que ser melhor, então, foi bastante desafiador” disse Stevenson.

Para conseguir isso, a Blak Box3 foi desenvolvida com uma área maior no bico para facilitar a “planagem” e foi adicionado mais volume embaixo do peito. Um concave simples no bico que vira concave duplo na altura das quilhas, ajuda a adicionar velocidade e sustentação.

Essa prancha foi projetada realmente pensando na sua rabeta swallow. O ponto mais largo dela foi empurrado para frente para dar a ela uma linha de borda mais alongada. Isso gera mais controle em alta velocidade, mais drive e aquela sensação sólida na troca de bordas durante as manobras.

Blak Box III from JS INDUSTRIES on Vimeo.

7ª posição: Pukas Dark

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A Pukas Dark foi inicialmente desenvolvida para o Stab in The Dark do Mick Fanning, shapeada por Axel Lorentz. A prancha não foi concebida para ondas ruins ou surfistas a passeio, e sim para boas ondas por quem sabe surfar.

“Eu diminui o rocker de saída e fiz as bordas mais paralelas. Quanto mais paralelas as bordas forem, mais rápida a prancha vai” explica Lorentz. Não é a toa que esse foguetinho, durante os testes com o Mick Fanning, atingiu a velocidade máximas de 38,4km/h, a velocidade mais rápida de qualquer prancha testada.

“Ele nunca atraiu a atenção para ele mesmo, mas pode shapear qualquer coisa, para qualquer um a qualquer hora”. disse Matt Biolos. Se Lorentz estava voando longe do radar antigamente, ele certamente não está hoje em dia.

8ª posição: HS- Holy Grail

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Depois do impacto impressionante que a Hypto Krypto causou entre os surfistas e shapers mundo a fora, Hayden Cox, voltou esse ano com uma nova prancha com um design totalmente único e muito funcional, a Holy Grail.

A Holy Grail tem um design mais em linha com as pranchas de alta performance tradicionais, e é a escolha de Dion Agius para ondas boas ultimamente. Ela foi desenvolvida para ser divertida e entregar performance para os surfistas comuns, entretanto, funciona muito bem nos pés de profissionais que sabem exatamente o que fazer com ela.

Se a Hypto é o ponto de referência, a Holy Grail tem um outline mais refinado. Com um bico mais estreito e com uma linha de borda mais alongada, a Holy Grail foi construída para cavadas mais fluídas, manobras mais no crítico e muita velocidade.

Melhorias na área de “planagem”, como um Rocker mais flat e mais área na parte de trás, significa que você pode ir mais rápido sem sacrificar o tempo de resposta. Construída com muito volume, ela deve ser usada um pouco menor do que sua prancha de alta performance comum.

9ª posição: Timmy Patterson- IF15

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A história diz que Jadson André descobriu Italo Ferreira – que aprendeu a surfar em cima do cooler de isopor de seu pai- e apresentou-o aos irmãos Tico e Teco Oliveira, que tem a Silver Surfer no Brasil. Eles têm trabalhado em parceria com Timmy Patterson ao longo dos anos e “conectado” o jovem Ítalo a ele.

As pranchas que a dupla inicialmente fez eram baseadas nos designs feitos para Adriano de Souza. Mas com o tempo, Italo e Timmy desenvolveram a IF15, um modelo feito especificamente para o brasileiro voador super frenético e campeão do mundo de 2019.

Com um outline um pouco mais cheio e balanceado, a IF15 tem como características mais largura e volume no bico para ajudar a controlar as aterrissagens dos aeros bizarros de Ítalo. Essa característica é similar ao que Medina e JJ Florence fizeram com suas pranchas.

Mas há mais volume nessas pranchas que o olho comum pode perceber, uma vez que Patterson é um mestre em esconder o volume. Essa prancha funciona muito bem desde merrecas sem força, ondas mexidas até tubos de 2 metros, e é de muito fácil uso, considerando seu piloto de testes.

10ª posição: Sharp Eye #77

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elipe Toledo abriu muitas portas para a Sharp Eye! E as pranchas tem crescido em popularidade na Califórnia e Brasil. Nesse ano eles acrescentaram Kanoa Igarashi em seu time, o que parece uma estratégia certa para aumentar seus negócios no Japão, ainda mais em ano de Olimpíadas por lá.

A #77 é o modelo preferido tanto por Filipe como por Kanoa. Toledo falou que ela é a prancha mais rápida que ele já usou . Foi a prancha que ele usou em sua vitória em JBay em 2017 que chocou o mundo com um Surf de linha bonito, mesclado com aéreos altíssimos, coisa que até então nunca tinha sido visto por lá.

Uma pranchinha de alta performance com design “clean”, a #77 é a versão atualizada do modelo Holy Toledo. Ela tem um pouco mais de rocker de entrada e saída para melhorar o poder de resposta, e uma sensação maior de aceleração. O concave adicional adicionado na rabeta também ajuda nesse propósito.

Há também um pouco mais de Edge acima da rabeta dando à prancha mais segurança. Ela foi desenvolvida para ser usada em ondas boas por bons surfistas.