Ondas raras do Brasil

foto: Christianherzog76

Como era muita informação e imagens, achamos melhor separar o post no blog em duas partes. Na primeira exploramos bem as ondas normais que quebraram turbinadas, e abaixo vocês vão encontrar como esse Swell acordou alguns picos que passam adormecidos a maior parte do ano e como ele despertou a besta que existe em algumas lajes e ondas para Big Rider nenhum colocar defeito. E é claro, vamos sempre mostrar os equipamentos que são usados tanto nas ondas raras do Brasil com nas lajes.

Categoria 2: Ondas raras do Brasil que quebraram nesse swell:

São ondas que ou não funcionam nunca ou que em condições normais quebram pequenas e sem a menor graça. Quando um potente swell de leste aparece, essas ondas entram em cena e proporcionam um Surf de ondas com tamanho de até 1,5m normalmente com excelente formação

Nível do surfista:

Intermediário, experiente e pró

Pranchas sugeridas:

Normalmente usa-se a prancha do dia-a-dia nessas condições e depende muito da praia a ser surfada. Algumas recomendações de pranchas que tem os melhores feedbacks dos nossos clientes e colaboradores são: Rusty SDLost V3RocketDHD 3DXJS Black Box III e Al Merrick Sampler.

Leashs e quilhas

Como são ondas que quebram de meio metro a 1,5 metros, não há necessidade de nenhum equipamento especial. Pode-se usar o que se usa no dia-a-dia. A seguir alguns leashs e quilhas que nossos funcionários e clientes mais gostam

Leashs:

Leash Dakine - JOHN JOHN FLORENCE Pro Comp - 5' x 3/16
CT Wax - Ultracord Importado - Flex Mould Comp - 6' x 6mm
Wet Dreams - Moulded Line - Micro Comp - 6' x 5mm
FCS - Competition Essencial Series - 6' x 5,5mm – Azul

Quilhas:

FCSII - Neo Carbon - Mick Fanning – Grande
FCSII - Performance Core - Adriano de Souza – Médio
FCSII - Neo Glass - Performer – Grande
FCS - Performance Core - PC3
Futures - Alpha F4 - Carbon – Pequena

Flamengo – RJ

O aterro do Flamengo não tem ondas, todo mundo sabe. Entretanto, quando o swell de leste é potente e com bom período, isso muda. Rola um point break para a direita bem interessante e foi justamente o que ocorreu nesse swell. Ondas de até 1 metro um pouco gordas fizeram a cabeça dos surfistas.

Onda rara do flamengo

surfista: Gabriel Pastori Foto: Luiz Blanco

Perequê – Guarujá

A praia do Perequê no Guarujá é muito conhecida pelos restaurantes e peixarias. O canto esquerdo rola umas ondas que eventualmente fazem a cabeça dos merrequeiros, entretanto, com swell de leste o canto direito proporciona ondas perfeitas super alinhadas e o meio da praia pode ficar épico. Nesse swell o canto direito quebrou pequeno mas o meio da praia proporcionou ótimas ondas.

Onda rara no Perequê

Ponta das Canas – Florianópolis

A praia de Canasvieiras não tem ondas para o Surf. Entretanto quando aparece no horizonte um enorme swell de leste com período, os locais se agitam porque ali vai rolar um point break para a direita perfeito. Nesse swell não foi diferente, embora as ondas não tenham ficado acima de meio metrão, as condições estavam bastante interessantes.

Itapuca – NITERÓI

fica no meio da baia da Guanabara e com o museu de arte contemporânea ao fundo projetado por Niemeyer, pode ser considerado um dos picos mais icônicos e raros do Brasil. Mas quando rola, as ondas são incríveis. Esse swell despertou o pico, e embora não tenha ficado de gala, rolaram altas ondas que fizeram a cabeça dos niteroienses.

Onda rara de Itapuca

foto: rjfotosurf surfista: diegoppereira

Categoria 3: Lajes e Ondas para Big Riders faixa preta:

São ondas de consequência. Normalmente lajes que ficam a alguns quilômetros da costa, quase sempre são ondas ocas sob uma laje de pedra rasa. Nesse caso é fundamental o uso de jet-ski e requer muita experiência em ondas grandes e perigosas. Definitivamente não é para qualquer um.

Nível do surfista:

Pró e Kamikaze.

Pranchas sugeridas:

Pranchas de Tow in na maioria dos picos, e em alguns picos como laje do Patiero a galera encarou de Gunzeira. Recomendamos a Erick Arakawa MR 200 , Tokoro BSG e Rusty BlackBird que são as pranchas usadas por grandes Big Riders quando o bicho pega e podem ser encomendadas com tamanhos até 9 pés ou maiores.

Leahs:

para quem encarou na remada as ondas do Patiero, um leash super grosso é necessário, como:

Leash Dakine - Kainui Big Wave - 10' x 5/16 – Preto
Leash Dakine -Peahi - 12' - Ondas Gigantes

Quilhas:

quilhas grandes e rígidas são necessárias, como:

FCSII- Peformance Core – JS grande
FCSII- Peformance Core – AM grande
FCSII- Peformance Core – Mick Fanning- grande

Colete:

é bastante recomendável o uso de colete para flutuar mais nas vacas, tanto para quem está de Tow-in quanto de Gun. Estamos para receber 2 modelos de Colete da Rip Curl, fique atento caso tenha interesse.

Pico Avalanche (praia da costa)- Vila Velha – ES

Não diria que são as maiores ondas já registradas no Brasil, mas provavelmente as mais assustadoras ou “cabulosas” já registradas. Lembra a famosa Shippstern na Tanzânia, mas fica logo ali em Vila Velha.

post-blog-swell-historico-vila-velha2

post-blog-comsurf-swell-historico-parte2-vila-velha

Laje do Patieiro- Ubatuba

ela fica localizada a 200 metros da terra firme e quando não há swell o mar é flat por ali. Entretanto, sempre que rola um swell com bastante tamanho e período, essa laje acorda e faz a festa dos Big Riders de plantão. Diferente das outras lajes mais rasas que selecionamos por aqui, o Patieiro é uma onda mais massuda e permite ser surfada com enormes Guns. Foi assim durante esse swell, como você pode ver nas fotos abaixo:

foto: wil Aguiar

foto: wil Aguiar

Equipamento:

Gunzeira

Laje da ilha mãe - RJ

Laje super pesada que fica a 2,5km da praia de Itaipu em Niterói. Nesse swell chamou muito a atenção devido a vaca de Carlos Burle que bateu a cabeça na laje e chegou a perder a consciência.

foto: Matheus Couto

foto: Matheus Couto

Laje da Besta – RJ- próximo à entrada da Baía, entre o Pão de Açúcar e Niterói

Localizada no meio da baia de Guanabara essa onda, acorda de vez em quando e proporciona ondas incríveis. Nesse swell as condições não ficaram épicas para lá, mas rendeu uns paredões como mostra o vídeo do Caio Vaz.

foto: Matheus Couto

foto: Matheus Couto